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BICHOS ESCROTOS

Como andar de bicicleta": os bastidores do reencontro dos Titãs | Música |  GQ

O que dizer de 9 garotos que se uniram para formar uma banda no início dos anos 1980, quando implodia nos quatro cantos da nação o cenário do rock ‘n roll nacional. O que pensar de uma banda que inspirada pelo contexto da época, aonde o mote era utilizar de um nome esdrúxulo como Kid Abelha e os Abóboras Selvagens ou João Penca e seus Miquinhos Amestrados, optaram por se auto denominar Titãs do Iê-Iê. Como narrar a trajetória de um dos mais importantes conjuntos musicais da história da música brasileira.
Arnaldo, Nando, Branco, Miklos, Tony, Sergio, Fromer, André Jung e Ciro Pessoa constam na primeira formação, que logo foi alterada com a saída do baterista Jung e a entrada de Charles Gavin e Ciro Pessoa que por uma questão filosófica e de princípios, não queria assinar e gravar para uma gravadora, então eles passaram a ser oito.
Já no primeiro álbum denominado “Titãs”, (que abolira o Iê-Iê, por muitas vezes ser confundido com o bordão da jovem guarda, que na verdade era iê iê iê) eles já emplacaram vários hits com “Sonífera Ilha” e “Toda Cor”, contudo “Marvin”, “Go Back” e “Querem meu Sangue” desfilam em nossas memórias até os dias atuais.
E por falar em memória, uma atriz/cronista comentou o show – Encontro: 40 anos – desse modo: “É como resumir uma vida em um show!”, afinal nesses 40 anos quantas músicas foram pano de fundo para muitos momentos de nossas vidas.
O que oitos cabeças pensantes e muitas delas acima de qualquer suspeita, inteligentíssimas poderiam criar nesses 40 anos de estrada. Além de produzirem as canções comerciais necessárias para o sustento de qualquer grupo, a banda não tinha medo de ousar e criar faixas e até álbuns controversos para época.
Televisão, música que abre o segundo álbum da banda é uma crítica ao telespectador que ficou burro em decorrência do aparelho. Em uma época que só se tocava nas rádios mediante ao “suborno” conhecido como jabá, aparecer na televisão era só para uma minoria que se destacava ou quem era muito bem apadrinhado, então mexer com as emissoras toda poderosas podia ser considerado um tiro no pé.
Muito antes da banda brasileira mais conhecida no mundo inteiro (menos aqui) Sepultura flertar com a música indígena, os Titãs lançam Cabeça Dinossauro, nada mais, nada menos que um som tribal que dá nome e abre o terceiro álbum. Porém esse traz outras tantas músicas controversas como “Igreja” e “Polícia”. Das bandas de destaque dos anos oitenta os Titãs não tinham medo de tocar pesado e muitas das músicas desse álbum podem me dar razão.
Contudo de todas as bandas que surgiram nessa época e tiveram muito sucesso nenhuma teve um disco mais pesado que “Titanomaquia”, o sétimo disco de estúdio da banda lançado em 1993. Produzido por Jack Endino, que dentre muitos trabalhos, produziu o vocalista do Iron Maiden Bruce Dickinson em seu disco solo; Skunkworks, também as bandas denominadas Grunge de Seattle Mudhoney e Soundgarden e o álbum de estreia do Nirvana.
Titanomaquia é metal puro, perfeito pra mim e um dos que mais escutei. Porém, o mais delicioso sem dúvida é o acústico MTV.
Pra quem pensa que a vida em uma banda são só flores, em junho de 2001 o guitarrista Marcelo Fromer morre após ser atropelado por uma moto, e a trupe que já era de sete integrante após a saída de Arnaldo Antunes passa a ser um sexteto.
Em setembro de 2002, Nando Reis também passa a se dedicar a carreira solo e deixa os amigos, o penúltimo a partir foi o baterista Charles Gavin que em fevereiro de 2010 sai por motivos pessoais e em julho de 2016 é a vez do vocalista e guitarrista Paulo Miklos dar adeus ao já tão reduzido quarteto.
Semanas atrás os sete membros remanescentes se reuniram para uma turnê histórica em comemoração aos 40 anos de formação do grupo, com certeza logo teremos o material desses shows em vídeo e nos streamings de música, mas nada impede do registro em CD e até mesmo vinil.
Pra esses caras a vida até parece uma festa, porém nem sempre se pode ser Deus, por isso estão gritando: Polícia para quem precisa, polícia para quem precisa de polícia!

4 de julho de 2023 at 15:22 Deixe um comentário

QUAL É A MÚSICA?

Master of Puppets by Splatkin on DeviantArt

Ocorreu recentemente mais uma edição do internacional Rock in Rio. Internacional, pois o mesmo não acontece só no Rio de Janeiro, mas também em outros países. Sua primeira edição em 1985 foi literalmente uma experiência, já que naquela época como hoje em dia nossa nação não é conhecida por cultuar esse tipo de música.
Para os mais antenados, era uma época em que eclodia nos quatro cantos do país o movimento que ficou conhecido como Rock Brasil ou apenas Brock, tendo o Rio de Janeiro lançado a maioria delas em um espaço cultural denominado Circo Voador.
O primeiro festival foi sucesso de crítica e público, já que trouxe bandas de renome mundial como Queen, Iron Maiden, Ozzy Osbourne, AC/DC dentre outras…
Hoje o RIR não é mais uma atração heavy metal, já que são poucas as bandas dessa linha que se apresentam, virou mais um festival da música aonde pode-se se ouvir desde música clássica até o axé baiano.
Tanto o Rock in Rio, que hoje poderia se chamar Sons in Rio ou Music in Rio, nosso rádio também varia de acordo com a nossa idade, estado de espírito, local em que estamos… Tem dia que queremos ouvir samba e outros bossa nova.
Tirando uma meia dúzia de gatos pingados que só se apetecem com um estilo musical a maioria do povo é eclética e gosta mesmo é de música.
Incrível como certas músicas definem uma banda, como esquecer a chamada da turnê do Kiss quando esteve por aqui em 1983, com a tribal Shout It Out Loud ou acompanhar um show e não ouvir rock ‘n roll all nite. São músicas conhecidas como ‘carro chefe’, só de falar em Judas Priest já vem a cabeça breaking the law, Europe com The final Countdown, até as bandas nacionais, associo muito os Paralamas do Sucesso com ‘Meu Erro’, a Blits ‘você não soube me amar’, Racionais com ‘Fim de semana no parque’, ‘Man in the box’ do Alice in Chain e falando em Seatle, ‘smells like teen spirit’ do Nirvana.
Já outras bandas, pelo menos pra mim, não é uma música, mas às vezes um álbum inteiro. Tirando uma fita que eu copie de um amigo com os maiores sucessos do Roupa Nova, o disco Vida Vida eu ouvi centenas de vezes. Nos últimos tempos teve um trabalho do cantor Maranhense Zeca Baleiro intitulado Zeca Baleiro Canta Zé Ramalho: Chão de Giz Ao Vivo que eu me apaixonei.
Entretanto existem bandas ou músicos que conseguiram sucesso em apenas um disco, é o caso do RPM que vendeu mais de 4.000.000 de cópias com seu disco de estreia e um segundo com quase as mesmas músicas ao vivo.
Aqui no Brasil temos uma caralhada porção de bandas que conseguiram sucesso em apenas um trabalho é o caso do P.O. Box, da Kelly Key (diga-se de passagem é mais lembrada pela capa da Playboy), da banda Amazonense Carrapicho e como esquecer dos Mamonas Assassinas que tiveram a carreira meteórica encerrada após um acidente aéreo. Já internacionalmente o supergrupo grunge Temple of the Dog, outro supergrupo, só que esse de heavy metal, denominado Heaven & Hell, formado por ex-integrantes de bandas de renome como Tony Iommi do Black Sabbath e Ronnie James Dio de uma infinidade de bandas, também gravaram apenas um álbum de estúdio.
Já bandas de apenas uma música de sucesso encontramos às centenas. O que dizer da O Surto com a música A Cera, Luka com Tô nem aí, Lou Bega com mambo nº 5, Kaoma, chorando se foi, Aqua Barbie Girl…
Músicas também encabeçam um estilo, numa festa de axé impossível não rolar ‘na boquinha da garrafa’, Sertanejo com ‘Boate Azul’, carnaval sem as tradicionais e saudosas marchinhas, contudo dentre todas as vertentes do rock, na minha humilde opinião a música que se destaca e transformou-se em um ícone do segmento é Master of the Puppets do Metallica.
A vida sem música é sem graça, quem dera futuramente podermos ouvir a música que quisermos em qualquer lugar. Ah! Isso já pode ser realizado, é só ter a mão um smartphone conectado à internet com um ótimo streaming de música.
Bons Sons!

                              Inibmort

30 de setembro de 2022 at 15:07 Deixe um comentário

FILMES BIOGRÁFICOS

Filmes de Guerra, Canções de Amor | Discografia de Engenheiros do Hawaii -  LETRAS.MUS.BR

Uma a das minhas diversões favoritas é assistir vídeos biográficos, ler é legal também, mas nada como o áudio visual pra resumir a história de um cantor, escritor, ator, banda…
O último que eu assisti foi da banda os Paralamas do Sucesso, o filme que está na Netflix e se intitula Os Quatro Paralamas. Conta em uma hora e quarenta minutos a história de mais de quarenta anos de uma das bandas de pop/rock que inflamou os anos 80.
Bi, Hebert e Barone, junto com o empresário José Fortes narram a trajetória de uma das mais bem sucedida banda nacional, passando rapidamente pelo acidente que deixou o guitarrista/vocalista paraplégico. Mesmo que o documentário esteja repleto de clipes e shows a história é traçada de um modo harmonioso, porém acredito que ficou muita coisa de fora.
Quarenta, cinquenta minutos não prescreve quatro décadas de uma vida dedicada à música.
O legal de quando me permito mergulhar nas histórias de outras pessoas é que eu viajo pra caramba. Passa sobre a minha cabeça, milhares de textos que eu poderia redigir. É interessante como tal época ou situação me aguça a imaginação.
Lembro de quando assisti alguns dos filmes, de uma epopeia, que relata a vida de Francisco Buarque de Holanda aonde cada capítulo resumia parte de sua obra em decorrência do estilo de música que ele fazia. Me deliciava com a leveza que o cantor/escritor/autor/ / / expressava-se defronte às câmeras. Chico Buarque é um dos gênios nacionais que infelizmente anda meio esquecido nos tempos atuais.
Não por ter dado a cara a tapa ao defender um partido político, mas pela (des)arte que tomou conta de todos os meios de comunicação. Aonde se vomita diariamente algo que está longe de um dia poder cravar seu nome na história tão rica da nossa música.
Não me engano que existam alguns artistas marcantes, porém a grande maioria do que é feito atualmente é tão descartável quanto algumas máscaras que usamos para nos prevenir da Covid-19.
Uma das coisas que me chamam a atenção nesse tipo de filme é quando o músico se propõe a dar detalhes de como criou uma de suas canções. Diferente do escultor que brincou ao afirmar que ele não tinha trabalho ao criar, pois a figura já se encontrava ali, que ele só tirava os excessos, com a música é diferente, ele cria nota por nota, linha por linha e algumas vezes voilà! Surge um sucesso.
Fico pensando quando os músicos fazem primeiro a melodia para depois colocar a letra, quantas palavras caberiam ali e ele só pode escolher uma. Quantas histórias poderiam criar com aquele fundo e no final só uma ficará para história.
Poucas são as canções que os próprios músicos criaram uma segunda versão. Que me vem à mente agora é a música “Check Up” do mestre Raul Seixas, que em decorrência de censura escreveu também a “Bruxa Amarela” e no álbum ao vivo dos Engenheiros do Hawaii, Canções de Amor, Filmes de Guerra, algumas músicas tiveram a letra alterada, com destaque para “Alívio Imediato”.
E por falar em Engenheiros, música, letra e biografia, Humberto Gessiger muitas vezes afirmou que o grande barato é dar nome as suas obras e que deveria ter um profissional para isso. Confirmo que nomear minhas crônicas é um prazer à parte no processo.
Não fico assistindo esse tipo de documentário com grande frequência, não sei se por medo de perder o encanto ou de assimilar o que sorvi no último até estar preparado para o próximo. Coisa de maluco mesmo.
O Canal Bis apresenta um programa muito bom chamado: “Por trás da canção” pra quem gosta de histórias de como foi criada uma música, alguns programas estão disponíveis no YouTube, são esquetes de 15 a vinte minutos aonde o telespec, como dizia a turma do Pânico, vai se deleitar do que rolou na fabricação daquele sucesso.
Seja no papel ou no vídeo, conhecimento nunca é demais, ainda mais quando unimos o útil ao agradável. E como já dizia o poeta Dorival Caymmi: “Quem não gosta de samba, ou melhor, de música, bom sujeito não é, ou é ruim da cabeça ou doente do pé”.
 Inibmort

8 de outubro de 2021 at 10:00 Deixe um comentário

PERFEIÇÃO PARTE 1 E 2

STJ analisa nesta terça questão sobre propriedade da marca Legião Urbana -  A Rádio Rock - 89,1 FM - SP

Quem gosta da Legião Urbana com certeza já ouviu todos os trabalhos da banda e com certeza devem ter notado que a partir do quinto disco, quiçá do quarto, o grupo tornou-se menos político e se dedicaram mais as canções sobre amor e também a dor que muitos de nós sentimos e remédio algum faz efeito a pequeno prazo.
Conclui-se que o compositor e líder da banda Renato Russo, tentava expressar através da música a depressão que o atormentava e principalmente nos últimos trabalhos a situação de soro positivo que o acometeu.
Mas dentre essas músicas, encontra-se no álbum o Descobrimento do Brasil uma pérola que mesmo sendo gravada em 1993 é tão atual como se fosse escrita nos dias de hoje. Falo da música Perfeição que traduz toda a fúria de uma geração que vivia ainda um impeachment do presidente Collor, confisco de poupança, hiperinflação, mas de vinte anos sem a seleção canarinho ganhar um título mundial, a corrupção comendo solta no governo (o que seria musicado mais uma vez, com a canção: Luís Inácio (300 picaretas) dos Paralamas do Sucesso), a dívida externa e uma infinidade de outras vergonhas que o nosso país exaltava para o resto do mundo.
A música já entra com o pé no peito: Vamos celebrar a estupidez humana; A estupidez de todas as nações; O meu país e sua corja de assassinos; Covardes, estupradores e ladrões; Vamos celebrar a estupidez do povo; Nossa polícia e televisão; Vamos celebrar nosso governo; E nosso Estado, que não é nação; Celebrar a juventude sem escola; As crianças mortas; Celebrar nossa desunião; Vamos celebrar Eros e Thanatos Persephone e Hades; Vamos celebrar nossa tristeza; Vamos celebrar nossa vaidade;
Acho que não são necessárias muitas explicações ao concluir que o escritor estava sendo totalmente irônico quando cita todas essas celebrações. Podemos frisar a estupidez do povo (não quero generalizar), mas quem defende o partido vermelho e corrupto e o presidente que a cada dia se mostra um grandessíssimo idiota, mas que por trás de seus “atos falhos” esconde-se um grande déspota, que vem aos poucos usurpando a nossa já mutilada nação, a última da semana foi dar uma guinada na lei que controla as aposentadorias dos militares, onerando ainda mais os tão sofridos cofres públicos.
Infelizmente sempre houve o policial bom e o ruim e não sabemos até onde vai continuar existindo. Já a TV é isso que a gente (quem assiste) continua vendo.
Já naquela época o povo estava desunido e com isso bem pouco vai conseguir, lembremos de uma frase: “unir para conquistar”.
Eros é o deus grego que simboliza o amor. Thanatos é filho, sem pai, de Nix, a noite, filha do Caos, ou, segundo outras versões, filho de Nix e Érebo, a noite eterna do Hades. Thanatos é a personificação da morte, que nascido em 21 de agosto, tinha essa data como o dia preferido para arrebatar as vidas. Persephone é a deusa das ervas, flores, frutos e perfumes. Já Hades, irmão de Zeus e Poseidon é o deus das profundezas que tem o seu nome (Hades) aonde se encontra o portal que o barqueiro Caronte leva as almas desgraçadas através do rio Estige.
Creio que essa seja uma evocação que os poetas utilizam no início de suas obras.
Vamos comemorar como idiotas; A cada fevereiro e feriado; Todos os mortos nas estradas; Os mortos por falta de hospitais; Vamos celebrar nossa justiça; A ganância e a difamação; Vamos celebrar os preconceitos; O voto dos analfabetos; Comemorar a água podre; E todos os impostos; Queimadas, mentiras e sequestros; Nosso castelo de cartas marcadas; O trabalho escravo; Nosso pequeno universo; Toda hipocrisia e toda afetação; Todo roubo e toda a indiferença; Vamos celebrar epidemias; É a festa da torcida campeã.
Quem está conhecendo a letra agora deve estar chocado com todas essas semelhanças. Até pensando: “Será que Renato Russo era um vidente, um adivinho?” Não né! Afinal são apenas 20 anos que separam aquela dessa época. E podemos concluir que quase nada mudou.
Bom, tem muito mais… só que meu espaço está terminando, semana que vem a gente conclui. Mas aproveita e termine de acompanhar essa maravilha no YouTube.
Boa semana a todos!

Como prometido, vamos dar sequência ao que começamos, não sei se na semana passada ou algumas semanas atrás. Pra quem não viu meu último texto, venho analisando uma música da legião Urbana denominada Perfeição.
Vamos ver o que diz a terceira estrofe: Vamos celebrar a fome; Não ter a quem ouvir; Não se ter a quem amar; Vamos alimentar o que é maldade; Vamos machucar um coração; Vamos celebrar nossa bandeira; Nosso passado de absurdos gloriosos; Tudo o que é gratuito e feio; Tudo que é normal; Vamos cantar juntos o Hino Nacional; A lágrima é verdadeira; Vamos celebrar nossa saudade; E comemorar a nossa solidão;
Nada mais atual que a fome que continua a assolar o território nacional, principalmente em decorrência do desemprego que o vírus vem causando. Por outro lado, acompanhamos os gestos caridosos que espocam diariamente, aquecendo corações sofridos.
Não posso primar com certeza, quando ele diz que não temos a quem ouvir, porém diferente do que um professor citou uma vez, nem toda música é bonita e não só nosso país, mas o mundo vive uma escassez de melodias bonitas.
Renato relata em outras canções problemas com relacionamentos amorosos. Se é só uma linha de sua obra ou se vivia mesmo sofrendo, isso só quem o conheceu melhor pode confirmar. Contudo muitos dos trechos dessa canção sublinha uma grande dor de cotovelo.
Entretanto ele se revela patriota, celebrando a bandeira o hino, assegurando que “a lágrima é verdadeira”.
Em uma pesquisa rápida na grande rede consegui uma pequena explicação sobre o que é gratuito e feio, que poderia ser interpretado como uma crítica à corrupção e à precariedade dos serviços ofertados pelo poder público.
Em “Nosso passado de absurdos gloriosos” podemos, agora em 2021 nos arremeter de 1992 até um pretérito não muito distante e teremos uma infinidade de absurdos e se nossos filhos e netos analisarem o que ocorre nos dias atuais também se envergonharão do que ainda ocorre em Terras Brasilis.
Vamos festejar a inveja; A intolerância e a incompreensão; Vamos festejar a violência; E esquecer a nossa gente; Que trabalhou honestamente a vida inteira; E agora não tem mais direito a nada; Vamos celebrar a aberração; De toda a nossa falta de bom senso; Nosso descaso por educação; Vamos celebrar o horror; De tudo isso com festa, velório e caixão; Está tudo morto e enterrado agora; Já que também podemos celebrar A estupidez de quem cantou esta canção;
Não vou mentir, arrepia né? Vivemos num país aonde assistimos filhos matando pais, pais matando filhos, irmão que mata irmão, casais se digladiando, torcedores que matam por causa de um escudo… violência em seu estado mais bruto.
E o que dizer daquela gente que trabalhou e trabalha honestamente e tem que viver com um parco salário na mais tenra idade (cada vez mais tenra) que mal dá pra comprar o básico para se cruzar a linha de chegada com um pouco de dignidade.
“Nosso descaso por educação”, essa eu posso assentir, pois sou marido de professora, que tem que tirar um coelho da cartola todo dia, trabalhar dois períodos para ter um salário digno, ter que ser educadora e muitas vezes mãe de seus alunos, ouvir ofensas daqueles que repudiam o ofício de educar. Viver num país em que o governo corta gastos das universidades, que tem um dos menores índices de ensino do mundo. Aonde o professor é completamente desvalorizado.
Porém há esperança: Venha, meu coração está com pressa; Quando a esperança está dispersa; Só a verdade me liberta; Chega de maldade e ilusão; Venha, o amor tem sempre a porta aberta; E vem chegando a primavera; Nosso futuro recomeça; Venha, que o que vem é perfeição.
Como toda História, nessa também o compositor deixa uma mensagem bonita, tenta-se criar um final feliz, dar-nos um raio de esperança não só com belas palavras, mas com riquíssimos conselhos.
Depende de nós, sem esperar de políticos, sem esperar de líderes. Sejamos os nossos próprios líderes, sem andarmos em círculos (os entendedores entenderão), levantemos a cabeça, sem nos deixar intimidar, só a verdade nos liberta! Chega de maldade! Vamos reescrever nosso futuro, sem muita perfeição, mas com total dignidade!!!

                Inibmort

5 de junho de 2021 at 16:35 Deixe um comentário

CAZUZA

Resultado de imagem para CAZUZA

Li recentemente o livro escrito pela Lucinha Araujo, “Só as mães são Felizes”. É uma biografia do seu filho, o roqueiro e poeta Cazuza, que morreu de AIDS em 07 de julho de 1990.
A primeira vez que tive contato com o livro foi na casa da praia em Barra Velha há muitos anos e todos os anos que lá voltava, também voltava a curiosidade de lê-lo.
O livro consecutivamente esteve na minha biblioteca digital, porém sempre começava a ler um outro e ia deixando-o de lado.
Quando assisti ao filme baseado no livro achei que não precisaria mais lê-lo, contudo depois de tanto relutar acabei lendo.
Não querendo dar spoiler, mas o filme retrata bem mais a vida louca do protagonista e confesso que o livro me deixou gravado os momentos de aflição em decorrência da doença que ele passou.
Lógico que as informações ali contidas não condiz totalmente com a veracidade da vida do Agenor de Miranda Araujo Neto, afinal são histórias contidas pelos olhos de seus amigos e peneirada por um coração de mãe.
Mãe que deixa claro no final da obra que pode ter exagerado em alguns pontos e aliviado em outros.
Falando do pop star, tiramos a conclusão que Cazuza foi uma criança e adolescente problemático, mimado, superprotegido, até por ser filho único, contudo sua mãe afirma que pegava pesado com sua educação e estudos.
A mãe também relata na maioria das vezes que o estopim curto com o qual tratava os pais, principalmente ela, não aparecia quando estava com os amigos.
Fazia questão de dividir o que tinha, sem apego a bens materiais. Gostava mesmo de curtir, independente do que e com quem.
Não se considerava homossexual, mas “bi”, pois gostava de meninos e meninas, na verdade ele não visava o sexo alheio, mas sim a pessoa.
Contudo suas composições não deixam dúvidas do seu talento, e até hoje são reverenciadas pela crítica e público.
Cazuza assumiu os vocais do Barão Vermelho por uma indicação do músico e compositor Léo Jaime. Como toda banda, tiveram um começo difícil, porém acredito que o auge foi tocar no Rock in Rio em 1985 na sua primeira edição.
Por seu comportamento adverso, acabou se separando da banda e fazendo carreira solo, logo que a doença começou a dar as suas primeiras manifestações.
O livro relata com muita minuciosidade a luta que ele e sua família tiveram que travar para tentar vencer a AIDS, já que naquela época nem os médicos sabiam o que fazer com os contaminados.
Sua idas e vindas aos Estados Unidos, seu tratamento, suas dores e principalmente sua força.
Força essa que estava presente o tempo todo em sua mãe que conseguia driblar o medo e o preconceito que imperava naquela época.
Abro aqui um parêntese para lembrar que a AIDS foi um “breque” em minhas relações quando comecei meus primeiros flertes. O medo que o vírus me causava era maior que a vontade que surgia durante os amassos.
Muitos dizem que Cazuza foi um cometa, que passou rápido deixando seu brilho. Eu prefiro acreditar que ele foi sim uma estrela, uma estrela de primeira grandeza, que além de abrir os nossos olhos para o risco do HIV, deixou um legado como músico e poeta, e graças a sua obra sua mãe pode ajudar milhares de doentes, através da instituição Viva Cazuza.
Pra quem que sempre quis uma ideologia para viver, ele foi muito mais que isso, foi a luz no fim do túnel de muita gente.

     Inibmort

8 de setembro de 2019 at 16:51 Deixe um comentário

Bruce Dickinson: e se ele cantasse em outras bandas?

Por Bruce WilliamFonte: Raphael MendesTradução

Neste vídeo Raphael Mendes, que tem a voz impressionantemente parecida com a do vocalista do Iron Maiden, mostra como soaria Bruce Dickinson caso cantasse em outras bandas.

São apresentadas as seguintes versões:
– Bruce Dickinson cantando “Crazy Train” do Ozzy Osbourne
– Bruce Dickinson cantando “I Don’t Want To Miss A Thing” do Aerosmith
– Bruce Dickinson cantando “Livin’ on a Prayer” do Bon Jovi
– Bruce Dickinson cantando “I Want Out” do Helloween
– Bruce Dickinson cantando “Bring Me To Life” do Evanescence
– Bruce Dickinson cantando “Heaven” do Bryan Adams
– Bruce Dickinson cantando “Wind of Change” do Scorpions

Vi no Whiplash

3 de julho de 2019 at 10:00 Deixe um comentário

Hollywood Vampires: banda negocia para tocar no Brasil em 2020

Por Igor Miranda

O Hollywood Vampires está negociando para se apresentar no Brasil em 2020. A informação foi confirmada por Paul Geary, da Global Artist Management, que cuida da carreira do supergrupo formado por Alice Cooper, Joe Perry (Aerosmith) e Johnny Depp, além de gerenciar os trabalhos individuais dos dois últimos mencionados.

Nos comentários de algumas publicações nas redes sociais, como a incorporada abaixo, é possível conferir a resposta de Paul Geary a alguns fãs que pediam por turnê do Hollywood Vampires no Brasil. No post a seguir de Instagram, ele diz: “Estamos trabalhando para levá-los em 2020”. Já no print de Twitter, é citado apenas o ano de 2020 com um sinal positivo na frente.

Johnny Depp Forever 🇧🇷@JDeppForever

Hollywood Vampires no Brasil em 2020! 🇧🇷❤

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De forma mais enigmática, o jornalista José Norberto Flesch comentou, em seu Twitter, que “ator de Hollywood quer vir com sua banda ao Brasil em 2020”. “E já começaram as negociações…”, completou, sem citar o nome do supergrupo.

José Norberto Flesch

@jnflesch

Ator de Hollywood quer vir com sua banda ao Brasil em 2020. E já começaram as negociações…

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A única passagem do Hollywood Vampires pelo Brasil aconteceu em 2015, com show no Rock in Rio. A banda está lançando um novo álbum de estúdio, “Rise”, nesta sexta-feira (21).

Vi no Whiplash

26 de junho de 2019 at 10:00 Deixe um comentário

Angels Cry

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Segundo relatos do Maluco Beleza, Raul Seixas: “Praticamente o rock’n’roll começou em 41 com um cara chamado Arthur ‘Big Boy’ Crudup, que fez a cabeça de uma criança chamada Elvis Presley. Esse rapaz pela primeira vez na história transformou o blues em rock’n’roll…”.
Muito se especula que foi no Mississipi, nos Estados Unidos que a fusão do blues com a música country começou a virar rock.
Separados pelo Oceano Atlântico, a Europa começa a beber das fontes desse novo rítmo. Em 1960 quatro garotos se unem em Liverpool e formam a banda, que segundo seu vocalista John Lennon eram mais conhecidos que Jesus: The Beatles, dois anos depois surge em Londres o grupo que há mais tempo estão em atividade: The Rooling Stones.
Entretanto foi em meados dos anos sessenta que surge três bandas que começam a tocar o que mais se parece com o Heavy Metal que ouvimos nos dias atuais; Black Sabbath, Deep Purple e Led Zeppelin.
Em terras Tupiniquim esse estilo nunca foi muito assimilado, periga dizer que é até fonte de preconceito com os seus adeptos, também conhecidos como metaleiros.
Desde Nora Ney nos anos 1950, Celly Campelo, os meninos da Jovem Guarda, Roberto e Erasmo Carlos, Jorge Ben, que virou Ben Jor, alguns álbuns de Belchior, o brasileiro sempre preferiu o samba ao rock.
Mesmo a música sertaneja demorou a tomar a seu lugar nos corações verde amarelos, afinal até os anos 1990 ela não era tocada nas FMs e tinha a pecha de ser ouvida apenas pelo trabalhador rural e fazendeiros.
Durante os anos 1980 começaram a pipocar bandas tanto por aqui como na Europa e EUAs, com um diferencial, que no país das estrelas e as listras, muitas das bandas pesadas começaram a tocar dance music, pois era isso que os americanos estavam consumindo.
Na Europa surgia New Wave of British Heavy Metal (N.W.O.B.H.M.), Nova Onda Do Heavy Metal Britânico e bandas como: Iron Maiden, Judas Priest, Venom, Def Leppard, Saxon, pegaram carona nessa “onda”.
Já por aqui Legião Urbana, Paralamas do Sucesso, Blits, RPM, Ultrage a Rigor, Titãs do Iê iê começavam a mudar o panorama da música nacional.
A lembrança que tenho dessa época é nas piscinas da SAG, aonde meu sogro, o Sr. Armando sintonizava a Lins Rádio Clube FM ou a Antena 1 e essas bandas espocavam seus sucessos o dia inteiro.
Tentar assimilar o brasileiro com o rock é uma tarefa hercúlea que deixarei para um outro cronista, até porque nossa cultura é outra. Mesmo assim são poucos shows nacionais feito em estádios, já as bandas de rock estrangeiras estão sempre abarrotando esses palcos.
É verde-amarelo um dos maiores eventos dessa estirpe: O Rock in Rio, mesmo que não toque só um estilo musical.
Temos algumas bandas aclamadas internacionalmente que não tem o mesmo reconhecimento por aqui.
O Sepultura, posso afirmar com toda a razão é a banda nacional mais adorada lá fora, acredito também que a mais premiada.
Já o Angra também fez mais sucesso fora do nosso país do que por aqui.
Dia 08 de julho o mundo perdeu o cantor, compositor, maestro e pianista brasileiro, conhecido por ter sido vocalista das bandas Viper, Angra e Shaman. Também capitaneou os projetos Virgo e Symfonia; André Matos.
Pra muitos de nós seria só mais um roqueiro ‘doidão’, contudo esse senhor que tinha apenas 47 anos, nunca fez parte das manchetes de jornais por um temperamento rebelde, mas sim por querer transformar a imagem que o heavy metal tem em nosso país.
Nos anos 1990 após a saída do Frontman do Iron Maiden, a banda fez um tipo de concurso para selecionar o substituto de Bruce Dickinson, ele ficou nas cabeceiras, porém perdeu a vaga para o britânico Blaze Bayley.
A divulgação de sua morte não teve nem metade do apelo concedido pela imprensa a outros astros que se foram recentemente.
O que podemos aceitar naturalmente, pois a veia heavy metal ainda é muito pequena em nosso país e deve ser por isso que as grandes bandas que cantam em inglês faz muito mais sucesso lá fora do que aqui.
Fica o nosso muito obrigado, para esse artista que dedicou sua vida ao bom e velho rock in roll.

   Inibmort

21 de junho de 2019 at 10:00 Deixe um comentário

Andre Matos: “você não pode ir embora assim”, lamenta Ratos de Porão

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Em publicação nas redes sociais, a banda Ratos de Porão lamentou a morte do vocalista Andre Matos. O cantor, integrante do Shaman e Viper e ex-Angra, faleceu neste sábado (8), aos 47 anos. Pessoas próximas confirmaram ao UOL que ele sofreu um ataque cardíaco.

“Porra André???? Semana passada em Joinville nos abraçamos e rimos… fazia alguns anos que a gente não se via 🤤😢😭💔 você não pode ir embora assim…”, diz a publicação, que mostra, ainda, uma foto do vocalista do Ratos, João Gordo, com Andre Matos.

Veja a postagem a seguir.

Vi no Whiplash

Morte de Andre Matos

19 de junho de 2019 at 10:00 Deixe um comentário

Serguei: cantor morre aos 85 anos após um mês internado

Por Igor MirandaFonte: G1

O cantor Serguei morreu, na manhã desta sexta-feira (7), aos 85 anos, de acordo com o site G1. Ele estava internado no Centro de Terapia Intensiva (CTI) do Hospital Zilda Arns, em Volta Redonda (RJ).

A causa da morte não foi divulgada até o momento. Porém, sabe-se que Serguei estava internado desde o dia 6 de maio, com um quadro de desidratação, desnutrição e infecção urinária. Ele também estava com Alzheimer.

No dia 6 de maio, Serguei deu entrada no hospital Nossa Senhora de Nazaré, em Saquarema (RJ). No dia 28 do mesmo mês, ele teve de ser transferido para o Centro de Terapia Intensiva (CTI) do Hospital Regional do Médio Paraíba, Zilda Arns, em Volta Redonda.

Filho único do executivo Domingos Bustamante com a dona de casa Heloísa Bustamante, Serguei se mudou para Long Island, nos Estados Unidos, com 12 anos. Voltou para o Brasil em 1955, aos 21 anos, mas logo retornou aos EUA, onde deu início à sua carreira musical.

O retorno definitivo de Serguei ao Brasil aconteceu em 1972, quando a história de que ele teve um caso com a cantora Janis Joplin se popularizou. A artista faleceu em 1970, aos 27 anos.

Desde então, Serguei passou a ser visto como uma lenda do rock brasileiro, também por suas performances extravagantes e versões de clássicos do rock. Sua casa, em Saquarema, foi transformada em um museu do estilo.

Vi no Whiplash

12 de junho de 2019 at 10:00 Deixe um comentário

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