A GENTE MORRE E FICA TUDO AÍ

O velho Ebezener tinha sido acordado no meio da noite e agora se encontrava parado defronte àquela porta. Recordara-se que a última vez que esteve naquele local foi há mais de vinte anos, no velório de sua esposa.
Tomou fôlego e entrou, sabia, mas não acreditava em quem estava ali. Bob era seu melhor vendedor, não podia dizer que era um amigo, porém na sua solidão ele era o mais próximo que podia aceitar das pessoas.
Chegou perto do esquife e seus olhos avistaram Bob Sinclair, rapaz novo, tinha esposa, dois filhos, uma vida pela frente. Sua mente o levou há algumas horas, quando se viram pela última vez. Era véspera de Natal, o rapaz o chamara para cear com a família, após a recusa, desejou-lhe felicidades e partiu para sua casinha…
O velho fechou seus olhos tentando lembrar de alguma oração, contudo nada lhe veio à cabeça. Quando abriu os olhos novamente viu um homem se aproximando.
– Senhor Ebezener?
– Sim, sou eu.
– Eu sei que é você. Estou aqui hoje para lhe fazer umas perguntas.
– A mim? Porquê?
Nisso o ancião percebeu que estavam sozinhos defronte a Bob.
– Caro senhor Scrooge…
– Pode me chamar de Ebezener.
– Isso não tem importância, concluiu o interlocutor. Gostaria de saber como o senhor tratava o garoto deitado aí?
– Creio que como qualquer patrão, faço o que a lei ordena e ele me serve como é devido.
– E tenta ajuda-lo?
– Como eu já disse, faço o que a lei ordena.
Nisso o senhor que interrogava o velho estendeu sua mão sobre o pobre defunto e o mesmo saltou do ataúde.
Scrooge também deu um salto pra trás e começou a se benzer como se estivesse visto um fantasma.
– Por Deus do Céu, desconjuro, axé, sai de retro!
– Ah! Lembrou de Deus agora, exclamou aquele senhor. Por favor meu amigo, não se assuste, Bob também precisa participar de nossa conversa.
Mais calmos, os três saíram daquele local e se dirigiram para a loja de Ebezener.
Lá eles puderam recordar o último encontro entre os dois e viu que Bob pegara um peru, uma garrafa de cidra e outra de refrigerante e propôs que pagaria quando o patrão fizesse o seu pagamento.
O velho ranzinza exigiu dinheiro vivo e o pobre funcionário levou, o que faria do seu Natal uma noite especial, de volta aos seu devido lugar.
– Bem meu caro Scrooge, como era o salário do Sr. Sinclair?
– Era o que a lei exige…
– Pode nos falar desse salário Bob? Questionou aquele senhor.
– Bem… como o Sr. Scrooge disse era o que a lei permitia, porém quando eu comecei a trabalhar há mais de seis anos. Contudo mesmo eu pedindo por uma melhora, pois agora tenho esposa e filhos ele nunca me deu um cento a mais.
– E mesmo assim, pelo que soube, você sempre foi um excelente vendedor.
– Não só vendedor, mas fazia de tudo e mais um pouco.
Nisso eles retornaram para a sala onde o corpo estava sendo velado, e os três de pé ao lado do caixão não conseguiam enxergar o seu interior.
– Por favor senhor Ebezener, poderia observar se o corpo do nosso amigo está aqui fora ou lá dentro?
Ao olhar para dentro daquele esquife, o velho Scrooge viu que seu corpo tomara o lugar do seu funcionário e por todos os lados, preenchendo os espaços vazios, moedas e mais moedas cobriam-no completamente.
Tamanho foi o susto que o velho acordou e percebeu que tudo era um sonho ou melhor um pesadelo. Entretanto em seu subconsciente uma voz ecoava proferindo a seguinte frase:
– Você um dia vai morrer e não vai levar um centavo contigo!

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FUTEBOL 2023

E mais um ano encerram-se os embates nacionais do “ópio do povo” conforme argumentou nos idos da ditadura militar o jogador do Grêmio de Porto Alegre Tadeu Ricci.
Não que em pleno 2023 o futebol não continue a ferver nos sangues de milhões de torcedores, só sinto que após as conquistas da seleção canarinho em 1994 e em 2002 e a derrota histórica por sete a um para Alemanha dentro do território nacional os brasileiros estão mais ligados nos seus clubes do que na amarelinha.
Não entendo que possa ser a usurpação, outros vão relatar como usufruto, do manto amarelo ouro por defensores de partidos políticos, acho que a má vontade com a seleção já vem de outros tempos.
Conquanto a paixão pelos clubes se mostram cada vez mais dilatada. É o caso de torcedores que atravessam continentes para verem seus times jogar o tão desejado Mundial de Clubes da Fifa.
E por falar em mundial, todo ano aparece um clube querendo que a Fifa possa reconhecer um torneio que seu time jogos com alguns outros clubes internacionais em décadas passadas.
Não quero ser chato, mas o que vai acrescentar na minha vida se meu time é o não campeão mundial, o legal é viver o dia da conquista, comemorar com os amigos, a família, zoar o rival, etc… Se eu não vivi esse momento, quase nada valerá pra mim.
Olha que não sou pouco palmeirense, torço, me emociono, choro (até que nos tempos atuais, tenho chorado bem pouco), mas não me venha falar de mundial de 1951, pouco me importa esse torneio, eu nem vivo estava, como diz um comediante que gosto muito, é de cair o rego da bunda.
Mas vamos ao que interessa, resultados
O que aconteceu na Europa em 2023:
Na Itália o Napoli voltou a levantar o caneco depois de 33 anos, o último título na temporada 1989/1990 ainda contava com o craque Diego Maradona.
Na França, O Paris San Germain conquista seu décimo primeiro campeonato, o time de Neymar (mais ausente que nunca) e Mbappe agora é o clube com mais títulos na liga nacional.
O Bayern de Munique levantou novamente a taça, essa foi a décima primeira vez consecutiva que o clube Alemão venceu a Bundesliga, o time de Monique terminou empatado com o Borussia Dortmund, mas o superou no saldo de gols.
Já na Holanda o Feyenoord conquista seu 15º da Eredivisie.
E na Terrinha o Benfica conquista seu 38º campeonato em Portugal.
O Manchester City fez barba, cabelo e bigode, venceu pela quinta vez em seis anos a Premier League, conquistou também a Liga dos Campeões da Europa e consequentemente foi jogar o Mundial de Clubes e pela primeira vez o técnico Pepe Guardiola e seus comandados vencera-o e conseguiram realizar o sonho do Sheik Mansour bin Zayed Al Nahyan que adquiriu o clube em 2008 através do Abu Dhabi United Group.
Já em solo brasileiro, o Bahia conquistou seu 50º título da história, o Grêmio voltou a vencer no Rio Grande do Sul, sendo hexacampeão seguido, em Minas o Atlético Mineiro foi tetra campeão e acumulou seu 48º título na história, no Paraná, o Athético levou o 26º caneco, já no Rio de Janeiro, o Fluminense do Artilheiro German Cano conquistou o 33º título para o tricolor das laranjeiras, o Palmeiras voltou a vencer o Paulistão e agora soma 25 taças estaduais.
O Palmeiras venceu também a copinha aonde foi bicampeão e conquistou seu 12º título nacional, após um final de temporada impressionante. Nunca será esquecida a derrapada do Botafogo carioca e a surpreendente chegada, aonde meia dúzia de times tinham chances reais de serem campeões.
O São Paulo Futebol Clube, também fez história vencendo a única competição que faltava no seu curriculum, após vencer o Flamengo o time paulista tem todos os títulos que um time nacional pode disputar.
Mais feio que o Botafogo foi o desempenho da seleção brasileira que está fazendo feio nas eliminatórias para a Copa de 2026 e o Santos que pela primeira vez foi rebaixado.
Deixo esse parágrafo para elogiar o time brasileiro do ano, o Gigante das Laranjeiras, que mesmo tomando um sacode na final do mundial, provou que pode-se ganhar e jogar bonito ao mesmo tempo. Mesmo não correspondendo na seleção nacional, o técnico Fernando Diniz, provou que sua ideologia tática e técnica funciona e funciona muito bem, pois levou o Fluminense a vencer a sua primeira Libertadores e a disputar a final do mundial interclubes.
Que 2024 seja recheado de gols e jogadas mirabolantes, lembrando sempre que é bola no chão e paz nos estádios.

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DESENTENDIMENTOS

– Droga, que ódio!
– O que foi minha amiga, por que tanta amargura no peito?
– Aquela imbecil saiu da sala batendo a porta, só porque eu falei umas coisas e acho que ela não gostou.
– Nossa, mas vocês eram melhoras amigas.
– Pra você ver, não dá pra confiar em mais ninguém…
No outro dia.
– Aiiiiii que raiva!
– O que foi garoto?
– Um imbecil saiu da sala batendo a porta!
– Oxi, mas ele é uma pessoa tão calma, por que faria isso?
– Sabe que nem eu entendi, estávamos conversando de boa, mas quando saiu percebi que estava nervoso e estrondou a porta…
Uns dias depois.
– Eu ainda pego aquela monstrenga!
– Eita! O que foi?
– Estava no refeitório conversando com aquela senhora do RH e não lembro de falar nada ofensivo, mas ao sair da sala ela bateu a porta com toda a força.
– Que babado hein! E ela que é toda posuda, sempre tão fina e educada.
– Pra você ver, acabou saindo da casinha.
Com isso, aquele departamento que era a paz do senhor acabou virando um verdadeiro inferno, afinal ninguém mais se entendia e volta e meia as discussões ganhavam uma temperatura elevada e por segundos que a emenda não ficava pior que o soneto.
Incrível é que aqueles que começaram a balburdia se fingiam de mortos vivos e tratavam os injuriados como se não tivesse acontecido nada, na maior cara de pau.
– Você percebeu que o bonitão que saiu batendo a porta está falando comigo como se não tivesse feito nada.
– É deve ter se arrependido.
– É nada, o cara é bem falso mesmo.
Em outro canto do estabelecimento…
– Viu só colega, a emperiquitada do RH faz de conta que não me ofendeu quele dia, ferrou no papo comigo durante o lanche, será que tem amnésia ou tá se fazendo de tonta?
– Pra você ver o naipe dessa aí, nem pedir desculpas ela pediu.
Já no dia posterior…
– Então… você acha que a imbecil que quase quebrou a porto um outro dia continua a falar comigo como se nada houvesse acontecido, que falta de caráter hein!
– Tem que ser muito dissimulada pra nem pedir desculpas né?
Na semana seguinte, durante o café aonde se encontrava os três ofendidos…
– Então como está seu relacionamento com o “batedor de portas”?
– Normal, parece que nunca fez nada, mas eu não me dou por vencida, daço que está tudo bem, mas não esqueci não.
– As outras duas pessoas, concordam plenamente com o colega e percebem que o mesmo ocorre com eles.
– Bom deixa eu voltar pra minha sala, minha mesa está abarrotada.
Quando a mesma levanta e vai saindo, ao fechar a porta leva um susto, pois a porta, como se tivesse vida própria se fecha violentamente causando um enorme estouro.
Automaticamente ela volta pra dentro e olhando para os dois colegas sentados na mesa exclama:
– Acabei de entender, o problema não são eles, é com a porta.
E os três caem na gargalhada.
Cuidado amigo leitor, pois uma “porta com defeito” pode ser a causa sérios estragos em sua vida.

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ESTETA DA TRETA

A última pérola do ex-Engenheiro do Hawaii, Humberto Gessiger chama-se “Toxina”, música lançada no seu disco denominado “Os quatro cantos de um mundo redondo” gruda na mente, não só pela letra ácida e totalmente atual, quanto pelo seu refrão, que dá ao ouvinte aquele efeito de tentar entender qual palavra ele está dizendo e nessa formulamos as mais variadas frases possíveis.
O trecho: “Tiozão tóxico, esteta da treta”, nos faz viajar nos mais diferentes sentidos, contudo, após uma pesquisa da letra, acabamos descobrindo que se trata de uma crítica aos senhores, e por que não senhoras, que utilizam das redes sociais para destilar o seu veneno.
E quando citamos “Tiozão” é lógico que cabe aqui as mais variadas idades, afinal aquele que nunca deu uma alfinetada pela grande rede que atire o primeiro mouse.
Já enfatizei nessa coluna que o Facebook virou o muro da Fifi fofoqueira, afinal muitos aproveitam do espaço para regurgitar seu azedume contra fulano ou sicrano. Ali nascem os Robin Hoods aos avessos que pouco se preocupa com os de sua volta e está apenas de olho no que diz respeito a seu próprio umbigo.
Anônimos que se imaginam o próprio Willian Bonner por detrás das câmeras. Utilizando muitas vezes de um linguajar chulo, sem nenhum cacoete, fazem qualquer coisa em busca de views, desde as mais vergonhosas e esdruxulas cenas, até incorporar o repórter investigativo querendo sanar os problemas do bairro onde reside ou mesmo do mundo inteiro.
Seria de grande valia se o mesmo utilizasse corretamente do adjetivo “investigativo” e se inteirasse completamente dos casos. Conquanto a maioria desses Clark Kents de plantão, na sangria de ser ouvido (ou lido) em primeira mão, atropela todos os passos necessários para ter uma matéria fidedigna e acabam relatando apenas um lado, que na maioria das vezes é o seu.
Mais vergonhoso é quando o mesmo tem que se retratar por ter trocado os pés pelas mãos, apontando seu dedo de seta (como dizia o saudoso Bezerra da Silva) às pessoas erradas ou descrevendo equivocadamente sobre o ocorrido, sem base no que está postando.
Consegui esse espaço ao ser indicado por um amigo que lia minhas crônicas nas redes sociais e já disse muitas vezes que meu intuito é escrever coisas leves que dê ao leitor um bom começo de semana.
Também gosto de mencionar, se for pra apontar o dedo pra alguém ou alguma coisa que eu acredite estar errado, que eu tenha comigo uma solução. Pois é fácil ver o cisco no olho dos outros e ignorar a trave no nosso.
Não só as redes sociais instigam o instinto de justiceiro, creio que o poder também faz com que as pessoas se sintam no direito de resolver todos os problemas do universo e principalmente fazer o que lhes der na telha.
Tenho visto e ouvido muita coisa a respeito de pessoas que possuem um cargo de maior credibilidade e aproveitam para exteriorizar o salvador da pátria que habita em seu ser. Eles não medem esforços para “fazer o bem”, entretanto acabam infringindo a lei e causando um furdunço em locais públicos ou privados, não importando se vai atrapalhar o andamento da rotina que impera nesses pontos, o que vale no momento é que sua vontade seja realizada.
Muitas vezes a boca age mais rápida que o cérebro e acabam falando bobagens, ofendendo trabalhadores idôneos, com anos de profissão. São pessoas sem nenhum tato, que estão pouco se importando com a imagem ou o futuro de quem vai atingir, afinal esses pseudo-vingadores (da Marvel) estão sempre em busca dos holofotes para realçar o seu brilho, infelizmente luz essa conquistada na maioria das vezes passando por cima de quem bem lhe aprouver.
Sei que não estou imune a todas essas ressalvas aqui anotadas, quantas vezes extrapolamos o comentário a respeito do nosso próximo, exageramos nas brincadeiras e acabamos ferindo pessoas queridas. A máxima “boca fechada não entra mosquito” é lição pra vida inteira. Afinal fomos criados com duas orelhas é apenas uma boca.

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TAL LIBERDADE

Não era de hoje que um vazio insistia em assombrar a sua vida. Uma sombra que encobria a sua alma e tirava a sua paz tão as duras penas conquistada. Sabia que não era depressão, pois essa ela já tinha sentido na pele e vencera, por enquanto, a batalha contra o mal do século.
Foram anos de trabalho árduo, junto com o esposo para conquistar os louros da vitória. Ver os dois filhos mais velhos formados e o mais novo encaminhando-se para o curso de medicina dava-lhe a certeza que trilhara os caminhos corretos.
O marido ainda atuava no campo das defesas ‘impossíveis’, contudo ela se deu ao luxo de apenas gerenciar a empresa que lhe proporcionava tanta ostentação. Sua casa situada no maior condomínio da américa do sul, provava que valera a pena as noites insones planejando o dia posterior.
O nome do casal e sua equipe estampavam os noticiários como os mais importantes advogados de defesa que o dinheiro poderia comprar. De chefe do narcotráfico à governadores, todos procuravam pelos seus exímios serviços.
O que será que incomodava aquela vencedora? Conseguiu tudo pelo que lutou até ali. Recordava do início difícil, da dureza, da falta de dinheiro, do primeiro escritório minúsculo, das economias para comprar uma impressora colorida, do cachorro quente que muitas vezes era sua janta e mesmo assim eram felizes.
A vida continuava a mesma, na verdade muito melhor. Não tinha o que dizer do marido que a tratara sempre como uma rainha, os filhos cresceram e estavam criados, tudo o que sempre sonhara.
Foi a campainha da porta que a tirou de seus devaneios. Com certeza era o Ricardinho que não se atrasava um minuto, vinha estudar com o Paulinho para o vestibular de medicina. Já tinha percebido que o jovem belo e atlético a cobiçava, afinal, apesar dos seus ‘entas’ ainda estava inteira.
Quis testar o entusiasmo do garoto, ver até onde ia aquele ímpeto. Aproveitou que o filho não estava em casa e o chamou para se acomodar ao seu lado e aguardar a chegada do amigo.
Ligou a TV e deixou rolar um filminho apimentado que começara a assistir mais cedo, entre as cenas eróticas na tela ela atiçava a imaginação do garoto, fazendo perguntas indiscretas sobre suas aventuras amorosas, como ele lidava com as garotas nos dias atuais, se já tinha alguém no seu coração… Fazia questão de abaixar para pegar algo na mesinha de centro, exibindo seus belos seios.
Percebeu a reação do garoto retribuindo a cortesia e num estalo de dedo ela se deu conta que tudo tinha acontecido ali mesmo no sofá, rápido, excitante, mas nem um pouco prazeroso.
Sentiu na semana que passou um misto de culpa, nojo e realização, percebeu que experimentava uma nova vitalidade, não era o sexo em si, já que dentro de quatro paredes ela e o esposo sempre foram muito felizes.
Em um novo dia ao encontrar com Ricardo a sós, ela ouviu suas desculpas por ter sido tão afoito, não lhe dando a atenção merecida e queria poder ter uma nova chance de consertar tudo aquilo.
Dessa vez ela planejou o encontro, saíram para um local isolado, tudo foi feito com calma, de um jeito moderado, ela aproveitou o momento, atingindo a linha de chegada algumas vezes, ele se portou muito bem, soube conduzir a ‘dança’, os dois, aparentemente se despediram satisfeitos.
De noite, na cama, ela observava o marido dormir, não tinha culpa, acreditava que não tinha errado. De alguma forma achava que precisa disso em sua vida, se iria repetir tal insanidade só o tempo podia dizer. O mais importante é que se sentia livre, principalmente de alguns conceitos que foram colocados em sua personalidade desde que nascera. Que não precisa viver numa redoma, que podia fazer o que lhe desse na telha e o mais importante, que continuava amando os seus da mesma maneira ou melhor, dando muito mais valor ao que tinha.

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ENCOSTADO NO BALCÃO

Quem o via ali encostado no balcão tomando seus aperitivos e sua cervejinha não podia imaginar o que se passava em sua cabeça. Muitas vezes a barba por fazer, o cabelo desarrumado, porém sempre bem vestido.
Incrível com as garotas, às vezes mulheres mais velhas passavam por ele e respiravam profundamente, era o seu perfume, inebriante, pura serotonina. Descobriu que aquele odor chamava a atenção delas.
Não era mais garoto, na verdade já tinha entrado nos “enta”, contudo o corpo forte não entrega sua idade.
Eu frequentava o mesmo local, sempre com uma namoradinha ou uma galera, fazendo as honras à Baco. Me intrigava vê-lo consultando continuamente o aparelho celular, às vezes rindo, outras sério.
Muito sabiam de sua história, o acidente automotivo, a mão de Deus salvando sua esposa e seus filhos, os vários tratamentos para lhe livrar do vício, a separação, o ódio dos filhos, ver a esposa com um novo parceiro.
Poucos sabiam o que se passava naquele coração. Tudo indicava que ele já não se drogava mais, que seu único vício era o cigarro e aqueles copos que ele tinha como companhia aos fins de semana.
Às vezes parava alguém do seu lado, conversavam brevemente, só que parece que ele fazia o possível pra continuar sozinho, cutucando o smarthphone.
Um dia ele me contactou para arrumar seu aparelho de som, já que eu era um dos poucos eletrotécnicos daquela cercania. Não vou dizer que foi o começo de uma amizade, já que ele insistia em não estreitar laços com ninguém, mas posso garantir que ficamos mais próximos.
Percebi que era um homem de bom coração, sem ser evasivo, só que ao adentrar no seu quarto e sala com menos de trinta metros quadrados, pude perceber um pouco da vida que ele levava. O jornal do dia em cima da mesinha que ficava entre o sofá e a TV, uma estante repleta de livros, uma coleção de discos de vinil e muitos, muitos CDs, mais ao lado o que me parecia um vídeo game de última geração e por incrível que pareça, pelo menos à vista não existia uma garrafa de bebida sequer.
Pediu que eu cuidasse bem do seu “companheiro”, que até eu arrumar e devolvê-lo iria se virar com o computador, mas do que ele gostava mesmo era do som dos discos.
Percebi que ele mantinha algumas fotos de seus pais e da família que o deixara. Percebi uma placa de carro pendurada na parede com uma faca cravada nela. Não precisava ser mais explícito, com certeza era do carro que ele pilotava no dia do acidente.
Percebi também entre os álbuns ali que a gente tinha um gosto musical similar, algumas daquelas bandas faziam parte da minha história também, o que me fez puxar papo e perceber que ele não fazia esforço nenhum para interromper nossa conversa.
Foi dessa maneira que adquiri uma intimidade com aquele rapaz, que se mostrou inteligentíssimo e muito gente boa, até me emprestou uns discos que eu não conhecia e deixou claro que todos estariam disponíveis sempre que eu quisesse ouvir “música boa”.
O que me deixava intrigado é que sempre que eu voltava pra devolver o que eu tinha emprestado, muito mais se encontrava. Não era nem pelos CDs que com a chegada dos streamers de música eles perderam o valor, contudo ele tinha uma fortuna em vinil.
Nossa amizade foi crescendo ao ponto de ele sair do balcão e sentar comigo na mesa para tomarmos uma cervejinha. Como bom observador eu percebi que ele nunca tomava nem mais, nem menos, sempre a mesma quantidade e nunca deixava de responder as mensagens que chegava no celular.
Claro que eu não me contive e acabei perguntando:
– O que tanto você conversa aí?
Ele me respondeu:
– Vou te contar o meu segredo. Eu sou garoto de programa, e é por aqui que marco meus encontros secretos, com as mulheres que você nem sonha que utiliza dos meus serviços. É por isso que eu não exagero na bebida, pois tenho que estar pronto a qualquer hora da noite.

       Inibmort

ELE SÓ PRECISA DE VOCÊ

Imagine você acordar todos os domingos e não encontrar esse jornal na sua garagem, varanda, caixa de correio ou aonde quer que você está habituado a pegá-lo.
Pense só se de repente você ouve que o Getulina Jornal vai parar de circular. Qual a sua reação?
Imagino você que há 30, 40 anos acompanha as edições desse noticioso.
Bom… foi só um susto, mas semana passada por uma falha na impressora não recebemos o GJ no domingo, ele veio no meio da semana. Quantas pessoas se sentiram órfão de suas notícias?
Eu que o edito e sabia tudo que estaria nele senti que algo estava faltando no meu dia. Mesmo tendo a edição eletrônica, aguardei a segunda-feira para saber se teríamos a publicação impressa, pois gosto mesmo é de lê-lo no papel.
Incrível que há muito troquei os livros físicos pelos digitais, creio que ler no tablet é mais confortável, além do peso ser sempre o mesmo, posso regular o tamanho da fonte, a cor de fundo da página e mesmo ler com a luz apagada sem incomodar as pessoas ao meu lado.
Esse ano o Getulina Jornal completará 72 anos, e com certeza, além de um marco histórico do município ele é a memória política, afetiva, comercial… de Getulina.
Já passou da hora de suas páginas, desde a primeira edição, caso ainda se encontrem, serem digitalizadas e porque não exibidas num museu.
Creio também, que se ele ainda não foi, ser tombado como patrimônio histórico. Olha aí senhores vereadores que maravilhoso projeto de lei.
Não tenho a menor ideia dos valores que a prefeitura repassa mensalmente à Gráfica Minerva para incluir as notícias que acompanhamos toda semana em suas páginas, mas nada mais justo que o poder executivo encontrasse uma maneira de além de mantê-lo ativo, comprasse uma boa parte de assinaturas para distribuir em alguns pontos de nossa cidade.
Não estou dizendo que ele vai acabar, contudo acompanho a luta dos seus proprietários e o sacrifício de confeccioná-lo a cada edição. Quando não é a moderna máquina copiadora (uma das poucas em nosso município que imprime no tamanho A3) que apresenta defeito é a impressora offset que quando encontra-se prejudicada, necessita de um profissional especializado para arrumá-la e por sua longevidade são pouco os profissionais que ainda fazem a sua manutenção e principalmente a escassez de peças no mercado dificulta o reparo necessário. Muitas vezes as peças defeituosas têm que ser moldadas em tornos, pois já não existem mais para serem compradas.
Acompanhei o pessoal da gráfica esse fim de semana correndo atrás de alguém que pudesse imprimir o Getulina Jornal e ninguém em nossa região possui maquinário apropriado para fazê-lo.
Como profissional de informática e amante de todo tipo de tecnologia sou a favor de tudo que se moderniza, principalmente quando essa mudança traz benefícios para quem os utiliza, por isso desde que fui contratado fiz o possível para que pudéssemos distribuí-lo em formato digital, no qual ele possa atingir os mais recônditos locais.
Tristeza maior é quando separo os aniversariantes da semana e envio para ser conferido quem ainda é assinante e quem vai ser excluído da edição e me deparo com nomes de pessoas ‘ilustres’ e principalmente que possuem recursos financeiros para manterem em dia a sua assinatura e infelizmente não deram continuidade a mesma.
Claro que não é necessária nenhuma fortuna para receber todo fim de semana, durante um ano, as edições do Getulina Jornal. Tanto o físico, quanto o digital é cobrado meros R$ 70,00 reais, menos que meia hora em uma lanchonete.
O mesmo sinto com as propagandas, empresários de prestígio em nosso município tendem a omitir o nome de suas firmas de suas páginas, contudo a maioria dos assinantes já confirmaram que o primeiro lugar que eles procuram um telefone comercial é no Jornal.
Fica o apelo desse editor que além da paixão por esse semanário, também necessita dele para sua subsistência, você que deixou de assiná-lo, retome-a e o amigo empresário estampe em suas páginas o nome da sua firma.
Que o Getulina Jornal tenha ainda muitos e muitos anos de vida, trazendo aos getulinenses as novas que continuará fazendo de nossos domingos muito mais especiais!

Inibmort

MAIS DEPRESSÃO

De acordo com o combinado me prontifiquei de sempre que possível voltar a tratar desse assunto tão pouco difundido e que atinge um número tão grande de pessoas. A depressão e suas variantes, se assim podemos denominar, é um mal que só tem crescido e que aos poucos a civilização vem tentando quebrar os tabus e humanizar seus doentes.
Não vai longe quando o empregado implorava para seu médico a não colocar um CID de depressão em seus atestados. Cogitava-se que a doença poderia prejudicar o paciente no ambiente de trabalho.
Recordo-me de colegas de trabalho preocupados porque fulano e cicrano eram depressivos e que sua licença por tal mal “mancharia” o seu Curriculum.
Não que tenha havido uma mudança drástica de como é acolhido o depressivo, seja ele ansioso ou melancólico, ainda é visto com desconfiança. Muitas acham que a enfermidade é frescura e frases com “dê uma vassoura pra ele, que ficará bom” são constantemente dirigidas a essas pessoas.
Só quem passou ou passa pela dita cuja sabe a destruição que é causada em sua vida. Só os parentes mais próximos ou amigos queridos suportam e entendem a dor que essa moléstia causa.
A medicina ainda engatinha em seu tratamento e posso dizer, no seu conhecimento. Tratamento esse que às vezes pode levar anos até que se descubra um remédio que faça o efeito desejado. Isso quando ao acertar a fórmula, a dosagem precisa ser aumentada e ao mudar a dose outros efeitos colaterais são difundidos e dá-lhe outros medicamentos para combater o mal dos que já são utilizados.
A área da psicologia também tem uma enorme colaboração, contudo até encontrar o que engatilha o surto, são necessárias uma infinidade de sessões, isso quando o “defeito” é psicológico. Já a psiquiatria tem encontrado na indústria farmacêutica novas drogas poderosíssimas, contudo volta-se a antiga questão do tratamento, que é encontrar a droga que melhor se ajusta ao paciente.
Muitos, como no meu caso, ainda se apegam ao clínico geral dos serviços públicos, que por estarem constantemente em contato com a população, tem a experiência na prática e na maioria das vezes conseguem amainar a dor daqueles que estão sofrendo.
Confesso que comecei a redigir esse texto por uma citação que encontrei no livro “O demônio do meio dia” do escritor americano Andrew Solomon, que relata além de seus episódios depressivos, entrevistas com vários doentes e muita informação relacionada ao mau do século vinte e um:
“OS DOIS DEPRESSIVOS:- Conseguimos distinguir entre os variados sintomas de depressão, duas espécies de comportamentos de seus portadores: O depressivo vítima e o depressivo algoz. O primeiro caracteriza-se por não conseguir reagir ao menor distúrbio da depressão. Já, o segundo, raramente admite que está depressivo, e vive pronto a atacar as pessoas ao menor sintoma, e muitas vezes não precisa haver motivo algum para que esse ataque ocorra. A vítima sofre sem ao menos reagir, está subjugada; o algoz ataca sem motivo algum, pois possui olhar antagônico e na maioria das vezes considera-se senhor de si próprio, entrando em depressão quando os outros não aceitam suas determinações. Quando pressente que está perdendo o controle das coisas entra em surto para ser o centro das atenções, criando doenças psicológicas e em muitos casos finge estar morrendo para que possa voltar a ter o controle das coisas e das pessoas. Este segundo caso está muito mais para neurose do que para depressão, mas pode ser tratado pelos mesmos métodos”
Infelizmente meu espaço é curto e o assunto é extenso. Porém, nos atentemos aos dizeres acima, afinal muitas vezes aquela pessoa que “não sabe perder” pode estar depressiva, quiçá neurótica e precisa de tratamento. O difícil vai ser convencê-la.
Lá se vão um ano e meio sem nenhuma crise, graças ao Bom Deus. Só que não passo um dia sem relembrar, mesmo não conseguindo imaginar completamente como me sentia, que já passei dias atormentadores e esse medo de uma recaída é que me dá forças de acreditar que o tratamento não deve cessar nunca.

Inibmort

O RECADO DO PASCAL

Ninguém entendia o que se passava na casa de Pascal, aquele entra e saí de entregadores que levavam muro a dentro caixas e caixas.
Pra falar a verdade poucos conheciam o vizinho, sujeito quieto, na dele, quase passava desapercebido, não que era um ogro, polido, sempre cumprimentava-os e caso fosse solicitado não negava ajuda aos seus próximos.
Contudo a curiosidade ficou maior quando aquelas caixas começaram a aparecer em cima de seu telhado.
Vamos conhecer um pouco do nosso herói. Pascal era um chofer de aplicativo, que de uns tempos pra cá começou a ter ataques de pânico e sem saber qual o gatilho de sua enfermidade procurou ajuda psicológica.
Nas várias consultas conseguiu entender o que desencadeava a síndrome e aos poucos foi conseguindo controlar aqueles episódios e hoje estava quase cem por cento.
Entretanto ele não conseguia ficar um dia sem pensar no mal estar que vivenciara e necessitava pregar uma peça naqueles que causaram o seu distúrbio.
A oportunidade apareceu ao receber em seu veículo um grande empresário do ramo de shows artísticos, no qual com o tempo e a quantidade de viagens com esse senhor, podemos dizer que ficaram íntimos.
Ao saber das crises do motorista, o passageiro condoeu-se e prometeu ajuda-lo.
Foi então que uma ideia surgiu e os dois então a colocaram em prática.
Como já vimos, linhas acima, as caixas foram chegando e funcionários do empresário passavam horas gravando os sons que ecoavam rua afora.
Com o material pronto, as caixas em cima do telhado foram abertas e em seu interior encontrava-se outras caixas, mas essas de som. Alto-falantes para fazer um show à um público de milhares de pessoas.
Pascal usando pesados abafadores de som e já medicado deu o “play” e automaticamente o ladrar dos cachorros da rua ecoaram, num volume ensurdecedor por quilômetros. Após alguns minutos o próprio Pascal não aguentou tamanha tortura e desligou o som.
Poucos entenderam o recado, mas todos ficaram profundamente irritados com os irritantes latidos.
Na sessão seguinte o paciente confessou que a “vingança” bem pouco lhe deu algum tipo de prazer, na verdade queria apenas, que de algum modo os causadores de suas dores sorvessem do mesmo veneno que causou tanto mal.
***
Muitos vão direcionar a essas linhas um sentimento antagônico, eu mesmo sou contra qualquer maldade a todo ser vivo. Tento não matar nem formiga. Creio que há sim um certo exagero para com alguns animais, um cuidado acima do normal. Enquanto muitos estão preocupados com o bem estar dos bichinhos, crianças carentes ou não estão sendo esquecidas, há de ter um certo equilíbrio, e se possível pender para o lado do ser humano.
Já sobre os latidos, não sei se na rua de vocês é assim, porém vai chegando um certo horário, ou seria o horário que estou em casa, ainda não parei pra analisar, mas vamos lá, vai chegando um certo horário que desencadeia uma orquestra de latidos, ganidos, uivos em torno da minha casa. Impossível não se irritar com tamanha algazarra. Ver televisão nem pensar, ouvir algo, só se for no volume máximo, conversar então… esquece.
Reforço que minhas crises de ansiedade não foram desencadeadas pelos latidos, não estou culpando ninguém, muito menos os pobres animais que estão apenas seguindo o seu instinto. É só uma observação, algo que não incomoda apenas esse que vos escreve, mas já ouvi reclamação de outros moradores. Sei também que não tem o que fazer, afinal é da índole deles latir e in(felizmente) como tenho uma boa audição, ouvir.
E só pra encerrar, prometo que não vou colocar caixas de som em cima do meu telhado, deixa a bichara ser feliz!

Inibmort

ISSO, AQUILO E AQUELE OUTRO

Eita nóis… Como dizia o caipira que sardade do cêis. Depois do meu último texto já aconteceu tanta coisa que é até difícil saber por onde começar.
1500 malucos invadiram os prédios dos três poderes em Brasília e conseguiram a tão pedida intervenção militar (pelo menos pra eles). Quebraram tudo por lá, até um relógio que foi trazido por Dom João VI, o pai do Pedrinho, de Portugal foi destruído. Defecaram na Sala do STF, foi um fuzuê, a cabeça do governador do DF está até hoje em jogo.
Outra notícia bizarra foi a morte das carpas do espelho d’água do Palácio da Alvorada, que a pedido da ex-primeira-dama Michele, foi drenado para recolher as moedas que turistas lançavam à água no intuito de fazerem um pedido. Comenta-se que as moedas foram doadas a uma instituição de caridade e a mal sucedida operação gerou a morte dos peixes.
Mais uma envolvendo o ex-presidente, foi o descaso com os índios Yanomami, a qual se verificou a terrível situação que se encontra o povo silvícola em decorrência do garimpo ilegal em suas terras.
Os gastos com o cartão corporativo e outras notas mostrando o descaso com o dinheiro público, fizeram inúmeros eleitores do ‘Capitão’ se arrependerem de tê-lo apoiado durante esse tempo e começaram a enxergar o lado podre do covarde que em meio a suspeita de prisão, abandonou o país e seus eleitores.
Outro ‘babado’ que chegou chegando foi a prisão do lateral com maior quantidade de títulos na história do futebol, Daniel Alves, o jogador foi acusado de violência sexual em uma boate da Espanha. Entre exames de DNA e imagens do circuito interno da casa de entretenimento, tudo leva a crer que a garota de 23 anos foi mesmo violentada. Aguardamos as cenas dos próximos capítulos.
Só pra variar o Verdão já levantou nesse Interim dois títulos de alto garbo e elegância, o bicampeonato da Copa São Paulo de Juniores (Palmeira não tem Copinha, não tem Mundial) e a inédita Supercopa do Brasil, vencendo o Flamengo por 4 X 3. E até a data que eu redigia essa matéria continuava invicto no ano.
O icônico cantor Ozzy Osbourne, pai do heavy metal com sua primeira banda de sucesso, o Black Sabbath, anunciou pela milésima vez sua aposentadoria, vamos aguardar até quando o Madman vai aguentar ficar em casa, sem comer um morceguinho, aguentado a família.
Considerado o pior desastre natural europeu em um século, o terremoto que atingiu principalmente a Turquia e a Síria já somam 37.000 mil mortos, 7 milhões de crianças foram afetadas pela catástrofe, mais de centenas de milhares de desabrigados estão passando frio e fome, tudo em decorrência de três placas tectônicas (Anatólia, Africana e arábica) que se moveram na chamada falha de Anatólia.
Lançado Mundialmente no dia 10 de fevereiro, Hogwarts Legacy é até o momento o jogo mais aguardado do ano. A Escola de magia que dá nome ao jogo faz parte do universo de Harry Potter, o bruxinho que levou milhões de jovens e adultos às livrarias. Mesmo sobre a polêmica de transfobia que a autora dos livros J. K. Rowling está sendo acusada o jogo é um sucesso de crítica e público.
Vou ser sincero, não me lembro corretamente a data da mudança, contudo quem costuma transitar com veículos automotores nas ruas de nossa cidade já percebeu que mais ruas tornaram-se de mão única. Duas delas mudaram algumas de minhas rotas diárias, o quarteirão da Júlio Prestes aonde fica o Centro de Saúde e a rua Dino Bueno aonde encontra-se o depósito de água do Corcoram.
É de certo que com o passar dos anos vamos envelhecendo e consequentemente ficando mais rabugentos, o mesmo acontece comigo que achei absurdo essas mudanças, pode até favorecer o comércio e tudo mais, porém vem me atrapalhando (rsrsrsrsrs). Toda vez que subo do departamento de educação, esqueço que não posso mais contornar a direita defronte a prefeitura, aonde estava acostumado ao caminho. O mesmo acontece ao sair de casa para pegar um salgado no bar do Sandro ou levar alguém ao posto de saúde, saindo da onde eu moro meu caminho aumentou em três, quatro ruas para chegar ao destino.
Do resto é vida que segue, ainda estamos em fevereiro, esse fim de semana estaremos curtindo o Carnaval, que pra mim já há um tempo perdeu a graça, gostava mesmo de rodar no salão e mesmo reclamando da mesma sequência das músicas, não só eu, mas muitos hoje sentem a falta da banda do Cicito.

Inibmort